Logo cedo o dia começou com “Alra” indo trabalhar. Faltavam cinco minutos para as sete horas e ela já estava chegando no trabalho quando deparou com uma cena estasiante: o sol subindo no horizonte era uma enorme bola alaranjada em meio a neblina branca do dia frio. Nunca ela via uma vista tão diferente combinando o clima gélido com a fonte de maior calor existente. Infelizmente ela não teve como passar mais tempo contemplando aquele cenário espetacular. De novidade, finalmente chegara seu usuário e senha para lidar com o programa de computador donde digitava os movimentos de atendimento do pronto socorro (até então ela estivera entrando com usuário de outros funcionários). Logicamente a manhã foi cansativa e chata como todas as já vivenciadas no setor do faturamento. Por outro lado, “Gardênia” continuava sendo satisfeita dia ou outro em sua vontade de estar com o visual diferenciado: a maquiagem completa contava com base, redutor de olheiras, lápis, sombra, rímel, blush, batom e gloss. Sem muito costume o rosto parecia pesar um quilo amais, entretanto, a beleza visível no espelho fazia valer a pena o esforço de usar tanta coisa. Na parte da tarde, “Dayse” aceitou a solicitação de “Pérolla” e trocou a frase do MSN e Orkut por: “...Ele é filho do sol, ele é neto da lua... Deu um clarão na encruzilhada e no clarão surgiu uma gargalhada. Não era o sol, não era a lua, o que brilhava era seu Tranca-Rua... Eu amei alguém, mas esse alguém já não ama ninguém. Eu amei o sol, eu amei a lua, na encruzilhada eu amei seu Tranca-Rua... O sino da igrejinha faz belem, blem, blom; Deu meia noite, o galo já cantou; Seu Tranca-Rua que é o dono da gira; Oi corre gira que Ogum mandou...” Sem maiores notícias diversificadas além da rotina de sempre, mais um dia se foi.
Há 3 anos
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