Esta noite tive um sonho lúcido. Era como se eu estivesse assistindo um filme projetado na parte interior das minhas pálpebras. Infelizmente não lembro direito do sonho, mas sei que houve uma hora em que rodopiei e girei a cabeça para prolongar a lucidez e isso teve efeito. No pouco que lembro eu estava dentro de uma confeitaria donde ia comer uma torta de chocolate quando comecei a conversar com alguns rapazes que adentraram no local. A sensação não era de estar sonhando, mas sim assistindo as alucinações mentais que surgem no estado de sonolência do torpor físico, mesmo que o sonho não tenha ocorrido logo após o adormecer (aliás, é impossível medir o tempo enquanto se dorme). O ruim foi a falta de controle do sonho em si, bem como não conservar lembranças suficientes de tudo o que se passou. Ah, vale dizer que eu dormi repetindo a seguinte frase: tenho sonhos lúcidos e me lembro deles com facilidade. Isso claramente não é bem verdade, mas saturando o cérebro com essa informação ainda pretendo fazê-la ser verdadeira.
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Sonho lúcido... mais um!
segunda-feira, 25 de abril de 2011
A páscoa se foi...
domingo, 24 de abril de 2011
Divisões de mim mesma... fragmentos infinitos!
Por vezes me pego tentando compreender a ligação entre animus, anima, ego, sombra, persona e self. A função natural do animus (como a da anima) consiste em estabelecer uma relação entre a consciência individual e o inconsciente coletivo. Analogamente, a persona representa uma zona intermediária entre a consciência do eu e os objetos do mundo exterior. O animus e a anima deveriam funcionar como uma ponte ou pórtico, conduzindo às imagens do inconsciente coletivo, assim como a persona representa uma ponte para o mundo. Portanto, a imagem do animus numa mulher pode retratar o relacionamento dela com seu próprio inconsciente. Para que ocorra o processo de individuação, é necessário que o ego se confronte com os aspectos que estão contidos na sombra. Essa sombra pode aparecer projetada numa figura feminina (se a sonhadora for mulher) e vice-versa, ou em uma vasta gama de seres, animais, etc, que irão retratar os medos, pulsões, instintos, desejos reprimidos, e assim por diante. O confronto do ego x sombra, se faz importante pelo fato de que, diante desta confrontação, o ego toma consciência de seus medos, fraquezas e negligências em relação a forma de se relacionar com o inconsciente e com o mundo externo. O ego tem a tendência a ser onipotente, negligenciando o contato com o inconsciente, passando a enxergar a si próprio como sendo a totalidade da psique, mas ele é apenas uma parte da psique, sendo a outra parte complementar o inconsciente. Quando surge a desunião entre ego x inconsciente, surge o desequilíbrio psíquico, que vem dar origem a neurose. Na psicologia feminina o inconsciente coletivo aparece simbolizado pelo arquétipo da Grande Mãe. Isso vale para eu continuar analisando as figuras e os personagens oníricos que ganham vida intra-psíquica durante as minhas noites de sono, donde, vale lembrar, os outros são sempre uma projeção de um aspecto (ou vários) de mim mesma.
domingo, 3 de abril de 2011
Como os doentes mentais se sentem...
Uma louca não completamente louca...
Agora são nove horas da manhã e tenho mais claramente um significado para o sonho de estar louca. Segundo o espiritismo, uma vida com deficiência ou insanidade mental é uma expiação obrigatória pelo abuso que foi cometido de certas faculdades em vidas pretéritas, ou seja, é um tempo de prisão. Mas aí eu pergunto? Um louco sabe que é louco e se envergonha por isso como sentia eu em meu sonho? Segundo a crença no espiritismo, o deficiente mental, no estado de Espírito (como ficamos em sono corpóreo), tem consciência de seu estado mental, ou seja, muito frequentemente ele compreende que as correntes que impedem seu voo são uma prova e uma expiação. No sonho existia o medo do descredito alheio, pois de uma certa forma eu já sofria meu próprio descredito. Percebo que dentre toda a agitação de loucura vivida no sonho, tudo foi apenas uma ampliação do que já sinto no dia a dia. O derreter como um gelo perante as situações donde tenho de enfrentar o contato social e o pegar fogo perante as raivas que sinto em situações de impotência são uma alusão sentimental literalmente correta. Obviamente eu não me vejo derretendo e nem pegando fogo, mas eu sinto isso e o sentimento toma conta de mim, mesmo tendo eu consciência de que não estou nem derretendo e nem pegando fogo na realidade. Melhor dizendo, a loucura surge exatamente em dar crédito a pensamentos e sentimentos irreais que tomam conta da racionalidade e, embora num grau não perceptível e sem alucinações, é isso o que vivencio. Diferente dos loucos eu tenho consciência constante da minha loucura, tanto que vivo em briga entre racional e sentimental. Portanto, finalizando o assunto desse sonho, creio que ele ampliou meu estado de consciência para me mostrar o quanto me torno irracional em meus comportamentos quando apoio o lado sentimental e dou crédito as emoções. Em todo caso ainda resta uma dúvida: Como apagar o fogo invisível que um louco vê e sente? Como conservar um louco congelado? No meu sonho eu literalmente derreti e peguei fogo. Talvez sofrer o mal da transformação seja o melhor remédio.