Pois depois de uma ponte ou outra...

O caminho continua rumo ao infinito!

A finalidade desse blog:

“Resolvi criar esse blog como um incentivo de força para ajudar-me a ser uma pessoa esplendida através da coragem de ser autêntica e espontânea, duas características que muito me cobro, duas qualidades que sempre me desafiaram a possuí-las e que dificilmente consigo ter na prática do dia-a-dia. Sempre preferi ficar calada para não entrar em conflitos ou não ter que ser falsa, pois nunca consegui impor respeito ao que penso e assumir minha individualidade expressando-a abertamente para defender o que sinto e sou em minha essência. Hoje sei que posso ser educada e humilde sendo verdadeira, exigindo respeito alheio, dizendo não corajosamente mesmo sabendo que vou desagradar o outro ou até provocar desavenças. Hoje eu percebo que é melhor enfrentar desavenças com alguém do que deixar esse alguém nos manipular, mandar e usar como se fossemos um objeto disposto a cumprir caprichos do egoísmo, da incompreensão, da intolerância, da inflexibilidade, da prepotência, da vaidade ou da falta de respeito alheia. Eu preciso ser Eu independente dos outros gostarem ou aprovarem o que sou. Eu preciso ser Eu sem fazer de conta que sou outra pessoa. Eu preciso viver o que sou sem agonia para tentar transparecer o que não sou. Preciso provar para mim mesma que posso arrancar esse vicio maldoso da minha personalidade medrosa. Estou cansada de fazer de conta e há anos as juras de ser verdadeira ficam apenas nas promessas de tentativas frustradas que nunca se efetuam. Dessa vez estou me propondo uma promessa diferente: todas as vezes que eu conseguir ser fiel ao que penso e sinto expondo o que sou sem constrangimento, medo ou culpa, recompensar-me-ei com uma escrita de parabéns postada nesse blog. A principio ele vai ficar meio vazio, mas esforçar-me-ei para postar muitos episódios de coragem nele. Eu sei que posso muito mais do que eu penso que posso. Eu sei que posso tudo o que eu quero e dessa vez não estou disposta a fracassos. Chega de viver de intenções, eu quero ser o que sou de verdade. Sei que sou esplêndida, mas ainda posso ser muito mais...” (22/01/2010)


quinta-feira, 28 de abril de 2011

Sonho lúcido... mais um!


Esta noite tive um sonho lúcido. Era como se eu estivesse assistindo um filme projetado na parte interior das minhas pálpebras. Infelizmente não lembro direito do sonho, mas sei que houve uma hora em que rodopiei e girei a cabeça para prolongar a lucidez e isso teve efeito. No pouco que lembro eu estava dentro de uma confeitaria donde ia comer uma torta de chocolate quando comecei a conversar com alguns rapazes que adentraram no local. A sensação não era de estar sonhando, mas sim assistindo as alucinações mentais que surgem no estado de sonolência do torpor físico, mesmo que o sonho não tenha ocorrido logo após o adormecer (aliás, é impossível medir o tempo enquanto se dorme). O ruim foi a falta de controle do sonho em si, bem como não conservar lembranças suficientes de tudo o que se passou. Ah, vale dizer que eu dormi repetindo a seguinte frase: tenho sonhos lúcidos e me lembro deles com facilidade. Isso claramente não é bem verdade, mas saturando o cérebro com essa informação ainda pretendo fazê-la ser verdadeira.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

A páscoa se foi...

Mas eu ainda desejo muito chocolate para todo mundo! Aproveitem as liquidações de cacau...

domingo, 24 de abril de 2011

Divisões de mim mesma... fragmentos infinitos!


Por vezes me pego tentando compreender a ligação entre animus, anima, ego, sombra, persona e self. A função natural do animus (como a da anima) consiste em estabelecer uma relação entre a consciência individual e o inconsciente coletivo. Analogamente, a persona representa uma zona intermediária entre a consciência do eu e os objetos do mundo exterior. O animus e a anima deveriam funcionar como uma ponte ou pórtico, conduzindo às imagens do inconsciente coletivo, assim como a persona representa uma ponte para o mundo. Portanto, a imagem do animus numa mulher pode retratar o relacionamento dela com seu próprio inconsciente. Para que ocorra o processo de individuação, é necessário que o ego se confronte com os aspectos que estão contidos na sombra. Essa sombra pode aparecer projetada numa figura feminina (se a sonhadora for mulher) e vice-versa, ou em uma vasta gama de seres, animais, etc, que irão retratar os medos, pulsões, instintos, desejos reprimidos, e assim por diante. O confronto do ego x sombra, se faz importante pelo fato de que, diante desta confrontação, o ego toma consciência de seus medos, fraquezas e negligências em relação a forma de se relacionar com o inconsciente e com o mundo externo. O ego tem a tendência a ser onipotente, negligenciando o contato com o inconsciente, passando a enxergar a si próprio como sendo a totalidade da psique, mas ele é apenas uma parte da psique, sendo a outra parte complementar o inconsciente. Quando surge a desunião entre ego x inconsciente, surge o desequilíbrio psíquico, que vem dar origem a neurose. Na psicologia feminina o inconsciente coletivo aparece simbolizado pelo arquétipo da Grande Mãe. Isso vale para eu continuar analisando as figuras e os personagens oníricos que ganham vida intra-psíquica durante as minhas noites de sono, donde, vale lembrar, os outros são sempre uma projeção de um aspecto (ou vários) de mim mesma.

domingo, 3 de abril de 2011

Como os doentes mentais se sentem...

Os sujeitos entrevistados expressaram em seus depoimentos os seguintes conceitos:
- o doente mental se sente um ser diferente ou transformado. Não é mais o que já foi. É um ser meio mágico, meio especial, as vezes “poderoso” (as vezes pode tudo), às vezes impotente (não pode nada);

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- é um ser com problemas e sintomas: emocionais, físico, psicológico e sociais; ouve vozes, vê o que não existe, fica cansado, esgotado, tem sentimentos retraídos, vive só o cotidiano, acredita que tudo isto influi no seu cérebro. Tem medo, sofre dos nervos, tem insegurança, ciúmes. É um doente da cabeça, não pensa direito, não tem forças para reagir, sente solidão, rejeição e estigma. É um ser triste, meio esquecido pelos outros. Quanto ao comportamento: faz coisas sem pensar, é agressivo, se isola. Não trabalha, é desanimado, fica alheio aos acontecimentos e limitado em suas atividades, não tem uma vida normal

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- se comporta diferente dos outros;

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- age de maneira estranha. Se comporta sentido, magoado consigo e com os outros. Sempre com humor instável. Quase não se alimenta. Não dá valor a vida. Não vê sentido na vida. Chora muito, bate nas pessoas, as vezes grita e fica bravo. Não gosta de ficar no meio das pessoas. É um ser que tem vontade de mudar o mundo, mudar o comportamento das pessoas, mudar o que está errado;

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- a doença mental é definida como sendo gradual. Tem grau de doente mental. Há pessoas que têm um grau pequeno de doença mental, aparentando uma pessoa normal;

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- o doente mental fala do seu sofrimento em relação ao preconceito e o estigma da doença, como sendo um ser muito discriminado que as pessoas evitam, se esquivam, se afastam, é como se tivesse uma doença grave;

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- o doente mental é um ser estigmatizado pelos próprios parentes e pela sociedade. Os outros pensam que vão ser agredidos pelo louco, que o louco vai usar da violência, as pessoas têm cisma do louco;

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- o doente é visto também como bode expiatório e diz em seus depoimentos que os colegas e vizinhos tem medo que ele possa tornar-se violentos, por isso se afastam, desprezam-nos, estigmatizam-nos. Sente-se as vezes desafiado, xingado e maltratado na rua. Tudo o que acontece é culpa dele.

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Concluem que a loucura é uma doença muito visada e que os sujeitos não fazem uma imagem positiva da doença e do doente mental. A única conotação “positiva” é a de “reformador” ou seja da necessidade de mudar o que considera errado no mundo.


Uma louca não completamente louca...

Agora são nove horas da manhã e tenho mais claramente um significado para o sonho de estar louca. Segundo o espiritismo, uma vida com deficiência ou insanidade mental é uma expiação obrigatória pelo abuso que foi cometido de certas faculdades em vidas pretéritas, ou seja, é um tempo de prisão. Mas aí eu pergunto? Um louco sabe que é louco e se envergonha por isso como sentia eu em meu sonho? Segundo a crença no espiritismo, o deficiente mental, no estado de Espírito (como ficamos em sono corpóreo), tem consciência de seu estado mental, ou seja, muito frequentemente ele compreende que as correntes que impedem seu voo são uma prova e uma expiação. No sonho existia o medo do descredito alheio, pois de uma certa forma eu já sofria meu próprio descredito. Percebo que dentre toda a agitação de loucura vivida no sonho, tudo foi apenas uma ampliação do que já sinto no dia a dia. O derreter como um gelo perante as situações donde tenho de enfrentar o contato social e o pegar fogo perante as raivas que sinto em situações de impotência são uma alusão sentimental literalmente correta. Obviamente eu não me vejo derretendo e nem pegando fogo, mas eu sinto isso e o sentimento toma conta de mim, mesmo tendo eu consciência de que não estou nem derretendo e nem pegando fogo na realidade. Melhor dizendo, a loucura surge exatamente em dar crédito a pensamentos e sentimentos irreais que tomam conta da racionalidade e, embora num grau não perceptível e sem alucinações, é isso o que vivencio. Diferente dos loucos eu tenho consciência constante da minha loucura, tanto que vivo em briga entre racional e sentimental. Portanto, finalizando o assunto desse sonho, creio que ele ampliou meu estado de consciência para me mostrar o quanto me torno irracional em meus comportamentos quando apoio o lado sentimental e dou crédito as emoções. Em todo caso ainda resta uma dúvida: Como apagar o fogo invisível que um louco vê e sente? Como conservar um louco congelado? No meu sonho eu literalmente derreti e peguei fogo. Talvez sofrer o mal da transformação seja o melhor remédio.

Pesadelo de estar louca...

Agora são quatro horas da madrugada e acabei de acordar de um super pesadelo donde pareço ter vivido um mês em algumas horas de sono. Sonhei que estava louca. Eu vivia várias realidades paralelas ao mesmo tempo e cada uma era mais maluca do que a outra. Minha percepção era distorcida e quanto mais eu queria sair do terror, mas eu adentrava em situações piores. Por exemplo: eu sentia meu corpo derreter e depois de toda derretida, embora ainda pudesse sentir o corpo, comecei a pegar fogo. Eu queria encontrar o médico, pois seria alguém em quem eu poderia confiar e dizer o que estava me acontecendo, mas ninguém tinha o telefone dele. Tudo foi horrível! Eu via coisas inexistentes, sentia o que não era real, ficava confusa, tinha vontade de acordar para sair daquela situação totalmente insuportável. Eu sentia panico geral e desconfiança de tudo, pois a cada instante tudo se desconfigurava ainda mais. Não tenho como descrever, pois foi tudo indescritível. Eu tinha consciência de que aquela realidade minha era irreal, mas eu a sentia muito forte e não conseguia sair dela, de modo que, sem conseguir mudar os fatos, tentava me defender da minha própria paranoia. Creio que, se loucura for assim, tive a exata noção de como é ser completamente louca. Estranho é que, dentro do sonho, eu tinha a sensação de que, quando eu finalmente acordasse daquele pesadelo, tudo ficaria bem, não apenas pelo acordar, mas pela reordenação psíquica que estava me acontecendo. Isso é muito estranho. Coloquei as cartas de tarô e elas nada me responderam dando jogo fechado. Restou-me apenas pesquisar sobre loucura e sobre pesadelos. Dizem que os pesadelos são um sinal de que algo não vai bem no departamento psicológico, indicando conflitos interiores, questões mal resolvidas ou excesso de ansiedade. Existem casos que são fruto de um trauma. Se, por exemplo, uma pessoa foi assaltada e não quer mais sair de casa, ela terá pesadelos que a farão reviver a situação - como se o cérebro enviasse a mensagem de que ela tem que passar por aquilo de novo, até superar seu medo. Outro caso comum é o de pessoas muito ansiosas, que, geralmente, sonham com situações difíceis, mas possíveis, no dia-a-dia, como perder a hora ou sofrer uma perseguição. Os casos mais graves são os de indivíduos que sofrem de medos patológicos - como a chamada síndrome do pânico e fobias em geral - e, por causa disso, têm pesadelos quase todas as noites. Eu confesso que já fui de ter mais pesadelos e agora quase não os tenho, mas em compensação, quando tenho, que sufoco! Como analisar um pesadelo desses? Seria o medo da própria loucura? Ou seria uma maneira de valorizar a sanidade? Sei que o psiquismo passa (através dos sonhos) a punir alguém que acha que pode tranquilamente se furtar de determinada operação não concluída. Mas nesse caso meu sonho não se encaixa, pois eu nunca me furtei do medo, da culpa ou do complexo de inferioridade da loucura, até porque nunca fui louca, ao menos não como no sonho. Teria o inconsciente ampliado ao máximo uma possível insanidade mental para eu considerar o que vivo na minha realidade de ter possíveis distúrbios comportamentais? Então seria o sonho um indicador claro de que estou longe de ser realmente uma louca (graças a Deus!)? Será que pode denotar cansaço mental? Ou estaria meu inconsciente indicando que estou me soltando das amarras do mundo real? Pesquisei sobre transtornos psicóticos e nenhum deles me pareceu tão desastroso quanto o vivido no pesadelo. Creio que seria uma esquizofrenia em fase super aguda. Pensei na hipótese do remédio neuroléptico ter me causado tal sonho. Poderia um medicamento contra um mal causar um pesadelo com esse mesmo mal? Confesso que estou aterrorizada!

A maior verdade da vida...

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Revelando-me ao mundo!

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O DESAFIO DE LIDAR COM A 'PERSONA'...