Pois depois de uma ponte ou outra...

O caminho continua rumo ao infinito!

A finalidade desse blog:

“Resolvi criar esse blog como um incentivo de força para ajudar-me a ser uma pessoa esplendida através da coragem de ser autêntica e espontânea, duas características que muito me cobro, duas qualidades que sempre me desafiaram a possuí-las e que dificilmente consigo ter na prática do dia-a-dia. Sempre preferi ficar calada para não entrar em conflitos ou não ter que ser falsa, pois nunca consegui impor respeito ao que penso e assumir minha individualidade expressando-a abertamente para defender o que sinto e sou em minha essência. Hoje sei que posso ser educada e humilde sendo verdadeira, exigindo respeito alheio, dizendo não corajosamente mesmo sabendo que vou desagradar o outro ou até provocar desavenças. Hoje eu percebo que é melhor enfrentar desavenças com alguém do que deixar esse alguém nos manipular, mandar e usar como se fossemos um objeto disposto a cumprir caprichos do egoísmo, da incompreensão, da intolerância, da inflexibilidade, da prepotência, da vaidade ou da falta de respeito alheia. Eu preciso ser Eu independente dos outros gostarem ou aprovarem o que sou. Eu preciso ser Eu sem fazer de conta que sou outra pessoa. Eu preciso viver o que sou sem agonia para tentar transparecer o que não sou. Preciso provar para mim mesma que posso arrancar esse vicio maldoso da minha personalidade medrosa. Estou cansada de fazer de conta e há anos as juras de ser verdadeira ficam apenas nas promessas de tentativas frustradas que nunca se efetuam. Dessa vez estou me propondo uma promessa diferente: todas as vezes que eu conseguir ser fiel ao que penso e sinto expondo o que sou sem constrangimento, medo ou culpa, recompensar-me-ei com uma escrita de parabéns postada nesse blog. A principio ele vai ficar meio vazio, mas esforçar-me-ei para postar muitos episódios de coragem nele. Eu sei que posso muito mais do que eu penso que posso. Eu sei que posso tudo o que eu quero e dessa vez não estou disposta a fracassos. Chega de viver de intenções, eu quero ser o que sou de verdade. Sei que sou esplêndida, mas ainda posso ser muito mais...” (22/01/2010)


sábado, 20 de março de 2010

HOJE É MEU DIA TAMBÉM!

FELIZ DIA DO BLOGUEIRO....
20 DE MARÇO!

quinta-feira, 18 de março de 2010

As explicações que dei a Alra...

Pela parte da manhã “Florymel” apareceu na casa de "Graúda" na intenção de vender algumas peças de roupa para a inquilina dos fundos. Sendo acordada com o falatório, "Alra" fez-me o seguinte relato: “Muitas vezes, para sermos fieis ao que sentimos, sermos verdadeiros com o que pensamos, é preciso aceitar a conseqüência de ser visto como uma pessoa insensível, fora do bom sendo e até mal educada. Eu me vejo muito arisca, sarcástica e ríspida perante as pessoas com as quais não tenho afinidade, pois não gosto de permanecer no mesmo ambiente, não me desgasto com conversações que não me agradam ou com justificativas que não me vejo na obrigação de dar e nem se quer faço questão de cumprimentar. Se eu for agir por educação e bom senso eu terei que ser falsa. Hoje tive coragem de desvencilhar-me da mascara de boazinha e não dei a mínima para a visita de minha tia. Logo o assunto entre ela e minha mãe era sobre eu e cada uma dizia o que achava sobre meu suposto ‘mau humor’ dando sua receitinha de cura como se eu estivesse doente. Fiquei no quarto escutando música e fazendo minha ginástica matutina. Por certo estranharam minha reação, pois antes eu ‘fazia sala’ sem disso gostar. Como sempre, por fim, acabaram entrando em discussão religiosa até que minha tia ‘girou nos calcanhares’ e foi embora irritada. Eu fui apenas natural, mas realmente não causei boa impressão. De todo modo, fiquei tão feliz por superar a máscara de boazinha que nem me importei com a opinião de ambas tentando encontrar razões para meu jeito de reagir em tal momento. De todo modo, ainda vale analisar: será que isso é correto? Ser educada e hipócrita versus ser mal educada e verdadeira, eis a questão. Se fosse antes acho que eu ia me sentir uma ‘monstra’, mas hoje me senti apenas eu e, concomitantemente, senti-me mais forte. Cansei de mendigar respeito, compreensão e carinho alheio tendo de passar por cima de minha autofidelidade para com o que penso, sinto e sou. Sei das conseqüências de todos me criticarem e julgarem negativamente, mas em verdade, estou calejada e mais do que acostumada a criticas e julgamentos alheios. Isso parece não estar no que eu sou, mas sim na postura dos outros de gostarem de cuidar e preocupar exacerbadamente da minha vida, ou quiçá, na postura de esconderem seus males atrás do que julgam ser os meus defeitos. Isso cansa, esgota a minha paciência! Não vou me permitir melindrar, quero me fortalecer, me valorizar. Se o outro se melindrar comigo, infelizmente eu apenas estou sendo coerente, verdadeira e fiel a mim mesma e ao mundo. O que pensa a respeito?”
Respondi-lhe para ter cuidado com as armadilhas, pois certas fronteiras são muito próximas. Educação não quer dizer falsidade ou hipocrisia, mesmo que falsos dissimulados e hipócritas possam usar do formato educado para esconderem o escárnio que sentem pelos outros. Educação quer dizer civilidade, aperfeiçoamento no trato das inter-relações, delicadeza, cortesia, generosidade, disponibilidade.
A civilidade é um exercício histórico da humanidade na busca de aperfeiçoamento para superar a realidade primitiva dos trogloditas. Educação é um verniz que nos reveste favorecendo a convivência e o respeito com os diferentes e também com os semelhantes. Ser boazinha é outra coisa. É papel. Se a educação é o trabalho de lapidação, representação é teatro. E o teatro só se justifica para aqueles que ainda estão em fase de preparação de sua civilidade. Educação é prazer, refinamento, sofisticação, aprimoramento do coletivo em nós, capacidade de partilhar, compaixão, benevolência que amortece a tragédia do viver. Existe um momento em que, quando fortalecemos a individualidade, o trato com o coletivo se faz de forma natural, favorecendo a convivência e consolidando a intenção que nos fez abandonar a selvageria para partilhar com os outros a conquista na jornada da vida. Quanto mais fortalecidos em nossa dinâmica de individualidade diferenciada, mais nos predispomos a partilhar a experiência de viver no coletivo. Disse-lhe que é sua escolha e seu direito estar presente em sua casa, estando fisicamente ou não no espaço de uma visita, e que, não cumprimentar, não dar atenção ou não se despedir não significa categoricamente falta de educação, tanto quanto mais íntimo for o visitante. Em verdade isso é falta de amor e de uma individualidade fortalecida. Quem se permite o direito de dizer não e agir na sua liberdade de direito é obrigado a aceitar e aprender a conviver com a crítica alheia. Só realizam mudanças àqueles que experimentam, tateando, às vezes acertando, outras se equivocando, mas assim, uma hora, chega-se ao equilíbrio. A referência é se sentir bem.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Um encontro legal!

“Olá para todos! Ontem à noite me senti tão exausta que nem consegui fazer minha ginástica. Acordei hoje com o corpo pesado, algo um tanto normal para mim. Mas aquela sensação de que algo estaria para acontecer permanecia ainda mais forte. Sentia um misto de tensão, ansiedade, alegria e medo. Parecia estar literalmente em estado de euforia e susto. Sabia que isso deveria ser passageiro e banal, mas como em todas as vezes que senti isso, foi-me muito estranho estar assim. Eu não sabia se estava muito bem ou mal, pois somente me sentia completamente sinistra. Ai, ai, ai, por que me sinto assim? – me perguntei várias vezes. Ao mesmo tempo em que tinha a sensação de que algo muito positivo ia me acontecer, também tinha a impressão de que eu estava preste a poder viver um pesadelo real. Por tudo o que havia de mais sagrado precisava saber o que seria aquele pré-sentimento. Estava bastante confusa. Havia em mim um choque de agitação e morbidez. Estava sentindo tudo, só não estava me sentindo em meu estado normal de ser. O que se passa comigo? – fiquei a me perguntar. Achei que a sensação provavelmente passaria e, mais uma vez, ficaria eu por entender essa confusão interior. Entretanto, mantive-me cautelosa e agora, ao final da tarde, creio que descobri do que se tratava.
Mamãe veio da chácara no ônibus das duas horas e meia. Assim que ela chegou, eu terminava de fazer minha ginástica em casa. Queria ir ao parque correr e caminhar, mas o tempo ameaçava chuva e inclusive alguns pingos grossos de água já haviam molhado o chão levantando cheiro de poeira. Enquanto analisava o clima de ‘chove não molha’ fui com mamãe ao banco ajudá-la a pagar uma conta na máquina e depois retornei em casa apenas para pegar a minha chave de casa e segui rumo ao parque. O arco-íris aparecera no céu e isso me deu a sensação de que não deveria chover mais. De fato o tempo secou. Tranqüila e confiante fui ao parque e alegremente cheia de animo dei minha corrida. Já estava quase chegando no portão de saída quando encontrei uma colega de universidade. Fiquei constrangida de inicio pelo fato de estar pingando de suor e ela fez venha de cumprimentar com um abraço e um beijinho no rosto. Correspondi à saudação e ela perguntou se eu estava caminhando. Fui logo respondendo que estava correndo (ela deveria ter me visto correndo até cerca de uns três metros atrás, na finalização da volta). Ela fez ar de admiração e perguntou se eu dava conta de dar a volta toda. Respondi que sim, mas expliquei que achava isso desnecessário e gostava de parar para caminhar do canil da Policia Militar até a virada seguinte. Ela perguntou se eu ia todos os dias e falei que sim, menos nas épocas de chuva. Ainda brinquei dizendo que já houvera vezes de sair ensopada do parque. Ela fez tom muxoxo e disse ‘coitada’. Com total sinceridade eu disse: ‘Ah, mas eu não ligo para isso, quando pego chuva encaro de boa’. Eu praticamente não me reconhecia naquela prosa donde me sentia tão segura de mim. Se fosse noutros tempos teria respondido um sim balançando a cabeça muito sem graça à pergunta inicial e teria feito de tudo para desvencilhar-me do encontro.
E foi sentindo-me outra pessoa que aproveitei a realidade espantosa do momento e a oportunidade de deixar eclodir de dentro de mim uma outra pessoa totalmente autoconfiante e desinibida. Destarte, caímos no assunto que eu já esperava: ela perguntou se eu estava trabalhando. Eu ri numa certa ironia de auto-deboche e, cheia de humor, respondi: ‘Você acredita que até hoje eu não quis procurar emprego e num mandei um currículo se quer para lugar nenhum? Eu sou tranqüila demais, tendo casa e comida eu levo a vida numa boa’. Ela riu e comentou que também não estava trabalhando na área, pois ainda continuava no velho emprego da American Express. Disse-lhe que não tinha vontade de trabalhar com turismo e hotelaria aqui em Uberlândia. Falei que havia pressão por parte da família e comentei o fato de minha irmã não largar do meu pé para fazer concurso público. Ela disse que sou tão inteligente, que deveria pensar nisso mesmo. (Incrível a capacidade das pessoas em geral de me acharem inteligente só por eu ser estudiosa, gostar de ler e ter habilidade para escrever).
Na seqüência ela comentou que eu estava do mesmo jeito enquanto ela engordara quinze quilos. Não achei que ela estivesse muito mais gorda do que antes. O assunto minguou e ela tomou a iniciativa de despedir-se. Voltamos a nos dar leve abraço de cumprimento enquanto ela dizia que havia sido bom me ver. Sorridente eu concordei com um ‘pois é’ e, num relance, ela já ia se virando quando perguntei se ela tinha notícia de mais alguém. Ela disse que não e eu comentei que houvera visto uma de nossas conhecidas de turma que estava trabalhando na CVC, mas fora anos atrás quando comprara um pacote de viagem (Isso foi no dia 03 de fevereiro de 2007 quando fui para Fortaleza com minha madrinha ‘Air’). O comentário dela foi: ‘ela ficou grávida, engordou tanto!’ Respondi que realmente houvera achado-a bastante diferente, mas não imaginava que pudesse estar grávida e nem sabia se por acaso sua gravidez fora em tal época. Eu pensara que ela havia casado e daí, como geralmente acontece, desleixara do corpo. Em resposta ela se adiantou em dizer: ‘É, mas eu não casei não’. Ainda em despedida animei-a para ir mais vezes, disse que seria bom continuarmos nos encontrando por lá de vez em quando para encorajarmos uma a outra na atividade física e assim, de fato nos despedimos sorridentes.
O espantoso disso, quase inacreditável, é que no dia 15 de março de 2008 (exatamente dois anos atrás), estava eu no Uberlândia Clube participando do segundo encontro de metafísica do Triangulo com o tema Realidades que transcendem, quando encontrei desagradavelmente uma outra conhecida da turma de universidade dentro do banheiro. Minha primeira reação foi tentar esconder, mas o banheiro estava meio cheio e foi um encontro inevitável. Para mim foi horrível, pois eu me sentia a tímida que nunca teria chance alguma no mercado de trabalho, até porque não tinha interesse de trabalhar e lembro claramente que precisei inventar um monte de mentiras para não transparecer a verdade de que minha formação superior não houvera me servido de nada. Desconversei dizendo que houvera ficado um tempo em Ribeirão Preto, torcendo para ela acreditar que fosse a trabalho. Não satisfeita ela perguntou se eu estava em Uberlândia apenas passeando de férias ou se estava trabalhando aqui no momento. Suei desconcertada e feito tola respondi ‘mais ou menos’. Eu não sabia se tinha ficado vermelha ou pálida, mas tive um mal estar que me fez ficar gélida a ponto de pensar que desmaiaria de tão sem graça que fiquei. Tudo o que fiz foi tentar me desvencilhar o mais rápido e, longe dela, tentar a custo esquecer o episódio, algo de fato difícil, uma vez que conservei a vergonha imensa que o encontro me proporcionou. Pois hoje, mediante tal encontro com outra ex-colega de classe (a qual nunca tive intimidade e afinidade assim como a citada de dois anos antes), fui tão naturalmente autentica que me sentia sendo qualquer pessoa, menos eu. Exuberei-me de alegria por mim mesma diante da oportunidade que o encontro me proporcionou de testar minha capacidade de ser espontânea e leve para com a verdade. Eu juro que não sei como isso me tem sido possível. Venho me sentindo muito diferente desde que criei esse terceiro blog. Sinto que já não sou a mesma e me pergunto se foi milagre ou se já vinha acontecendo em mim alguma mudança imperceptível. Eu lutei tantos anos para conseguir isso e sempre fracassei, ficava só na vontade teórica. Agora parece que mudei de uma hora para outra sem entender de fato como isso pôde ser possível. Donde veio a coragem necessária? Não sei dizer, mas sei ressaltar que é maravilhoso ser autentica e espontânea. Acho que o maior segredo está na concepção de me sentir literalmente cheia de valor, capaz de ser amada e respeitada com minhas verdades, na minha espontaneidade. Mas confesso que ainda estou achando estranho e bom demais essa mudança que acontece (ou aconteceu) em mim. Sinto-me mais forte, corajosa e dona de mim. E só tenho a agradecer a vida por tudo... principalmente por esse sonho... real!”

segunda-feira, 8 de março de 2010

HOJE É MEU DIA TAMBÉM!

FELIZ DIA INTERNACIONAL DA MULHER!
VIVA 8 DE MARÇO!...

quinta-feira, 4 de março de 2010

Personalidade x individualidade

Nossa personalidade é formada por uma soma de personagens e mascaras. No dia-a-dia representamos os nossos papéis no teatro da vida. O jeito que somos em casa não é o mesmo que somos no trabalho. E no churrasco com os amigos também não somos do mesmo jeito na empresa conversando com o patrão. Desempenhamos um papel diferente para cada momento da nossa vida. São as nossas máscaras sociais, os diferentes papéis, os personagens do nosso cotidiano. A palavra “personalidade” é muito significativa. Ela se origina da palavra grega persona. O termo persona vem do latim (persona/ae = máscara, figura, pessoa, etc.). Foi utilizado para denominar as máscaras da tragédia grega, originária dos rituais dionisíacos, na sua chegada à Roma antiga. As máscaras serviam nas representações artísticas e serviços religiosos mais primitivos, entre outras coisas, para acentuar os traços de caráter dos personagens/deuses.
A permissividade dos mascarados, muitas vezes, permitia irromper em casas particulares com a ocultação do rosto que máscara permitia .
Psicologicamente o mascarado não é uma pessoa autêntica, pois deseja se ocultar na máscara para dar expansão aos seus atos, que de forma aberta não teria condição de os realizar. O seu usuário passa a ser uma pessoa falsa que teme evidenciar a sua identidade.
Esconder o rosto sob uma máscara, é um recurso falso de efetuar ações que sem ela não seria possível .Em psicologia, persona serve de significante para o conjunto de caracteres comportamentais que identificam um indivíduo (pessoa), na sua relação com o mundo.
Jung utilizou o termo persona como agrupamento de conteúdos conscientes e inconscientes, integrante da formação do eu pessoal. Numa imagem mais alegórica, persona seria a máscara que o indivíduo usa nos seus contatos com os demais indivíduos ou grupos, servindo-lhe de defesa como uma peneira, um anteparo. Primeiramente, as informações esbarram nessa amurada de proteção ao castelo pessoal. Separadas as informações, a considerada "útil" pode passar (departamento de triagem). Do processamento dessas novas informações serão geradas repostas (ou não) que podem ir de uma simples aceitação ou negação a complexas fórmulas de retorno/comunicação com o mundo exterior, a partir de aprendizados acumulados através dos anos. Vamos imaginar uma conversa entre dois indivíduos como uma cena teatral, cada um com uma máscara à mão e à frente do rosto. A personalidade de cada um deles estaria representada pela máscara, que não é o próprio indivíduo na sua essência, mas o que ele "representa" significamente para o outro, como a forma que este indivíduo se "mostra" para o mundo. Esta máscara engloba ataques e defesas, saberes e lacunas, etc., disfarsados em um exteriótipo (a própria máscara) com a finalidade de evitar que o indivíduo seja invadido pelo mundo de fora.
Cada pessoa pode utilizar a máscara mais próxima ou mais distante do rosto. Quanto menor a necessidade de dissimulação ou disfarse, mais próxima o indivíduo colocaria a máscara do rosto. Em verdade, o que ocorre é que quanto mais seguro o indivíduo está das suas verdades maior legitimidade terão suas atitudes e menor a necessidade de desvios e representações. Da mesma forma, quanto mais distante a máscara estiver do sujeito, maior o nível de teatralização que se fará necessária. Uma personalidade forjada em modelo distante do eu pessoal (variando de pessoa para pessoa), será ora envolvente, ora evasiva, ora esplendorosa, ora sombria, ora espetacular, ora medíocre, face a distância entre a verdade interior e o teatro de convencimento em curso na troca de informações e, em consequência, a dificuldade de se manter presente a própria "pessoa", gerando este nível de desequilíbrio.
De maneira inversa, tanto maior será o risco de perigo de invasão do espaço pessoal quanto mais próxima a máscara estiver do rosto (eu verdadeiro), o que exige segurança e firmeza de carater. Aliás é esta inclusive a razão maior da persona servir de escudo entre as estocadas que vêm da sociedade (do outro) e de amortecedor para que se possa dar respostas adequadas e eficientes, com razoável margem de tempo. Face ao risco de ferimentos no ego, o indivíduo se protege e afasta seu eu da linha de tiro. Portanto, quanto mais próxima a persona estiver do eu (o melhor mesmo é deixar a persona de lado e assumir o eu), mais verdadeiro e mais forte o indivíduo está para enfrentar a realidade. É essa força que estou buscando!
A coisa fundamental a ser entendida é que você (digo isso em principal para mim mesma) não pode conhecer sua própria natureza, seu próprio coração, seu próprio ser, por causa de sua personalidade, por causa de uma entidade falsa que você criou ao seu redor. Vivemos encerrados dentro de personalidades. As personalidades são falsas. Elas são, simplesmente, máscaras, fachadas a serem mostradas aos outros. Mas esse hábito torna-se tão arraigado que você se esquece completamente de sua face original. Mostrando suas falsas faces aos outros, aos poucos você se identifica com elas e começa a pensar que elas são as suas faces. Então, sua face original, o que é chamado de individualidade, a sua face real, permanece oculta. Para seguir seu coração primeiro você deve manter sua face verdadeira por perto, é inegável que desempenhamos diversos papéis, mas temos que tomar muito cuidado para não nos tornar os personagens. Observe o ator, ele interpreta diversos personagens, mas se mantém intacto quando a cortina fecha.
Em síntese temos a individualidade enquanto consciencia profunda, superior (subconsciente), emoção e sentimento e a personalidade enquanto mente consciente, intelecto e razão. Pela personalidade vivemos o que os papeis sociais do contexto atual nos exige, enquanto que, movidos pela nossa individualidade, agimos com base em nossa totalidade existente, demonstrando nosso Eu interno, divino, nossos sentimentos reais. Agora resta desvendar até onde vai a minha personalidade e donde entra a minha individualidade.

A maior verdade da vida...

A maior verdade da vida...

Revelando-me ao mundo!

Revelando-me ao mundo!
O DESAFIO DE LIDAR COM A 'PERSONA'...