Pois depois de uma ponte ou outra...

O caminho continua rumo ao infinito!

A finalidade desse blog:

“Resolvi criar esse blog como um incentivo de força para ajudar-me a ser uma pessoa esplendida através da coragem de ser autêntica e espontânea, duas características que muito me cobro, duas qualidades que sempre me desafiaram a possuí-las e que dificilmente consigo ter na prática do dia-a-dia. Sempre preferi ficar calada para não entrar em conflitos ou não ter que ser falsa, pois nunca consegui impor respeito ao que penso e assumir minha individualidade expressando-a abertamente para defender o que sinto e sou em minha essência. Hoje sei que posso ser educada e humilde sendo verdadeira, exigindo respeito alheio, dizendo não corajosamente mesmo sabendo que vou desagradar o outro ou até provocar desavenças. Hoje eu percebo que é melhor enfrentar desavenças com alguém do que deixar esse alguém nos manipular, mandar e usar como se fossemos um objeto disposto a cumprir caprichos do egoísmo, da incompreensão, da intolerância, da inflexibilidade, da prepotência, da vaidade ou da falta de respeito alheia. Eu preciso ser Eu independente dos outros gostarem ou aprovarem o que sou. Eu preciso ser Eu sem fazer de conta que sou outra pessoa. Eu preciso viver o que sou sem agonia para tentar transparecer o que não sou. Preciso provar para mim mesma que posso arrancar esse vicio maldoso da minha personalidade medrosa. Estou cansada de fazer de conta e há anos as juras de ser verdadeira ficam apenas nas promessas de tentativas frustradas que nunca se efetuam. Dessa vez estou me propondo uma promessa diferente: todas as vezes que eu conseguir ser fiel ao que penso e sinto expondo o que sou sem constrangimento, medo ou culpa, recompensar-me-ei com uma escrita de parabéns postada nesse blog. A principio ele vai ficar meio vazio, mas esforçar-me-ei para postar muitos episódios de coragem nele. Eu sei que posso muito mais do que eu penso que posso. Eu sei que posso tudo o que eu quero e dessa vez não estou disposta a fracassos. Chega de viver de intenções, eu quero ser o que sou de verdade. Sei que sou esplêndida, mas ainda posso ser muito mais...” (22/01/2010)


domingo, 30 de maio de 2010

Sou oportunista, mas não sou interesseira...

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Quero revelar algo que faz parte da minha personalidade: sou oportunista, mas não sou interesseira, ou seja, eu não crio situações para me dar bem, mas se elas existem eu as aproveito, pois me julgo no direito disso e, meu dever, é não ser abusada ou exploradora. O incomodo de ser oportunista, apesar de não ver isso como uma postura errada, bem como a aceitação não explicita, proveio do temor de que os outros me vissem como alguém interesseira, algo que não sou. Estou revelando abertamente que sou oportunista para que eu assuma isso em minhas atitudes sem necessidade de disfarces tolos.
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Mesmo que os outros me vejam como interesseira e me critiquem por eu ser oportunista, o que vale é a minha responsabilidade de ser autêntica e de preservar assumidamente o que me convêm. Em resumo posso dizer que nenhuma crítica é pior do que aquela que provém do nosso auto-julgamento.
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Portanto, sou oportunista, não vejo mal nisso, estou me respeitando sem auto-julgamentos e assumo inteiramente a responsabilidade de ser assim, pois isso é sinônimo de honestidade para comigo mesma. Quem assume a responsabilidade de ser o que é com humildade e honestidade, sem auto-julgamento, culpa ou martirização, não teme as críticas alheias.
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Existem defeitos que precisamos corrigir, mas já percebi que a maioria deles são apenas criações do superego para nos tirar a liberdade de expressão genuína. O superego é o representante interno das normas e valores sociais que foram transmitidos pelos pais através do sistema de castigos e recompensas impostos na infância. Ele nos controla e nos pune (através do remorso e do sentimento de culpa) quando fazemos algo errado, e também nos recompensa (através da satisfação e orgulho) quando fazemos algo meritório.
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O superego é meu ser crítico e controlador que quer me distanciar do Id, o meu lado sombra negativo. Coube ao meu ego fazer a negociação entre ambos: entre ser interesseira, abusada ou exploradora conforme interesse do Id ou ser indiferente conforme instrução do superego, sou unicamente oportunista com a validez do meu ego. Se por um lado estou livre do Id interesseiro, abusado e explorador, por outro lado ainda preciso fazer com que meu ego oportunista supere a persona indiferente e omissa proveniente do superego.
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sábado, 22 de maio de 2010

Mudanças necessárias...


“Olá para todos! Hoje eu não quis ir na campanha do quilo. Embora sinta necessidade de fazer a caridade, não consigo fazer algo que não me proporciona prazer, alegria e bem-estar. É como se eu precisasse de novidade e desabafo, ou melhor, é como se eu não houvesse me encontrado naquele centro espírita, com as pessoas já conhecidas e com o trabalho em si. Eu cansei de ir na campanha e voltar para casa insatisfeita, sem ter preenchido minha necessidade de realizar uma atividade voltada para o próximo. Sei que isso é uma tola justificativa, mas é o suficiente para me fazer ficar dividida ente ir e não ir. Se algo não me preenche, por melhor ou mais benéfico que seja, eu não consigo me envolver, não sinto disposição e passo a não sentir valor no feito, exatamente por eu estar desempenhando a função apenas por senso de disciplina e responsabilidade, e não por amor e vontade. De que vale disciplina para fazer algo que não me satisfaz? De que adianta participar da campanha se eu sempre volto para casa descontente comigo mesma e tendo de me dizer que é apenas algo temporário enquanto não aparece oportunidade melhor ou mais satisfatória de realizar a caridade?
Além do mais, estou tendo de encarar verdades muito doloridas a respeito de mim mesma e dos meus defeitos. Tem dias que eu vivo uma profunda dor existencial. Crescer e amadurecer dói muito. Quantas pessoas passam anos fazendo o que não gostamos por medo da inatividade? Quantas pessoas ficam com companhias desagradáveis por medo da solidão? Talvez seja por conta disso que sou uma pessoa inativa e solitária, tendo de pagar o preço escolhido. É chato buscar uma realização e se frustrar, mas pior é não assumir essa frustração e nunca conseguir se desvencilhar da mesma. É importante não ver a frustração como um fracasso, mas sim como uma tentativa que ainda não deu certo. Vou continuar tentando, pois vale mais a intenção da busca do que o encontrar em si. Talvez eu até volte a ir na campanha do quilo, mas por enquanto eu não garanto nada. Explicações dadas, um super abraço e até depois!”

quinta-feira, 20 de maio de 2010

E-mail para um Fulano com o qual me relacionei...

“Olá! Espero que você esteja bem e feliz. Hoje estive falando com minha mãe sobre você (relembrando as absurdidades que vivi) e daí me veio o impeto de lhe procurar para tentar esclarecer o passado. Liguei na Emotive Assessoria e Treinamento, donde você tinha seu consultório, e fui informada que se mudou há anos para a cidade de Rio Verde. Não sei se você vai ler esse e-mail, pois o endereço é de quatro anos atrás e talvez nem seja mais utilizado. Entretanto, para mim, o desabafo já recompensa essa escrita. Tenho a dizer que, embora tenha sido o primeiro, não foi o único homem a crer na minha suposta virgindade, nos meus tabus com relação ao sexo, nas minhas máscaras, manipulações e fingimentos de moça pura, recatada e ingenua. Essa sempre foi a minha armadilha de outrora perante os homens que por vontade do destino se aproximavam de mim sem eu os desejar. A dança sempre foi meu instrumento auxiliar, não de sedução, mas de auto-relaxamento psíquico das tenções, mesmo que eu não utilizasse-a intencionalmente. Lembra quando fomos para o motel pela primeira vez, quando fui dançar para você? Lembra o trabalho que te dei para você tirar o meu biquíni na banheira? Você não pensou que eu poderia te odiar para sempre por conta daquilo se realmente eu fosse o que aparentava ser?
Você não foi o único homem que me teve como amante, mas foi o primeiro a dizer que pretendia se separar da esposa falando mal dela. Nunca gostei disso, pois além de você traí-la, parecia mentir para mim tentando me enrolar na conversa defensiva e crítica. Entretanto, como eu também mentia, deixava de lado as suas aparentes enganações
(como julgá-lo se eu fazia o mesmo?) . Felizmente, ou quem sabe infelizmente, você não apareceu livre e desimpedido na minha vida, pois se assim fosse, provavelmente eu não teria me envolvido contigo. Você perguntava qual era a minha fantasia e eu dizia não ter. Inconsciente eu fantasiava um homem: 1. Bem mais velho (quase impotente); 2. Que tivesse persistência (lembra quando pedi que não desistisse de mim?), mesmo que fosse apenas com a intenção de me levar para a cama (você dizia que não sentia tesão por qualquer uma, 'será mesmo?'); 3. Que fosse capaz de acreditar na minha castidade e; 4. De preferência comprometido, para me deixar livre, para não ter direito a sentir ciumes ou fazer cobranças. Eis a fantasia oculta que alimentava meu ego, mesmo que conscientemente eu 'buscasse' o oposto disso para estar bem comigo mesma. Esse era o único tipo de envolvimento que eu conseguia realizar por ser completamente descomprometido, não de sentimentos, mas de responsabilidades (isso porque você garantia magicamente que eu só ficaria grávida de você quando essa fosse a sua vontade, pois, se dependesse da minha, talvez hoje eu fosse mãe).
Pois bem, minha fantasia era perder a virgindade com todos os homens que me lavavam para o motel. Assim foi até que cansei de ser uma 'virgem' de mentira. Hoje eu superei isso e estou tentando desmentir as mentiras que espalhei e ter a coragem de seguir adiante sendo verdadeira. Em verdade é por isso que estou lhe escrevendo esse e-mail. Você me ajudou a superar e perder o medo não do sexo ou do primeiro ato sexual, mas sim da decepção de não atingir as expectativas desejadas, de ver um príncipe se transformar em sapo. Nunca soube quais eram suas reais intenções comigo e até que ponto o amor que dizia sentir era real. Eu lhe amei sim, talvez mais do que devia e sofri por isso. Não foi culpa sua, mas totalmente minha. Vivi um pesadelo cujo fim já me era previsível. Você não era o que eu esperava, principalmente na cama. Na época foi um pesar terminar contigo pois, ainda imatura, eu vivia uma fase de carência afetiva. Entretanto, logo superei o mal arrancado pela raiz com outro mal, já que o destino colocou outro homem no seu lugar um mês depois.
Obrigada por ter sido um dos homens a tirar a minha virgindade e a me amar da maneira como pôde. Eu fiz o mesmo e sempre vou te amar enquanto um amigo que alimentou as ilusões do meu ego. Me desculpa por qualquer coisa do passado, principalmente a covardia que sempre me fez ser falsa quando tinha de me expor. Isso foi não só com você, mas com todas as pessoas de modo geral. Meu mal nunca foi ser tímida, mas sim variar entre os extremos ora reservada, ora falsa e manipuladora. Minha dificuldade maior não foi ter intimidade na cama com um homem, mas sim ter a intimidade de me mostrar sem máscaras, de ser eu mesma. Estou buscando isso e haja força de vontade e coragem. Espero que me compreenda em meu maior defeito. Inconscientemente eu me fazia de vítima do tipo de homem lerdo e conquistador (mesmo que nada romântico, como você), pois era desse perfil masculino que eu gostava e que me sentia atraída, mesmo que não assumisse isso para mim mesma. Você foi um espelho meu em quesito de ser uma incógnita: até hoje me questiono sobre as inúmeras coisas sem fundamento que você me dizia. Muitas vezes tive pena do seu jeito carente de ser o mal amado pela esposa, de ser o homem que casou para a vida inteira e viu o castelo de areia da união conjugar desabar, de ser vitima dos próprios filhos que não aceitavam a separação paterna mesmo depois de quase adultos e, como também pensava na possibilidade dessa sua versão não ser verdadeira, também tive pena de você enquanto um traidor que mente para a esposa e também para a amante (o que fortalecia minha não autenticidade). Muitas vezes te sentia tão perdido em si mesmo que nem parecia estar do lado de um psicanalista. Finalizando, lembra do meu desejo de ser escritora? Tudo o que vivi com você está registrado e guardado por escrito. Não se espante e nem fique surpreendido se um dia ler um livro com uma historia semelhante a que vivemos durante quatro meses. Que Deus o tenha, hoje e sempre. Saudações daquela que nunca vai te esquecer...”

quarta-feira, 5 de maio de 2010

E-mail para Mazone: Lidando com o narcisismo...

"Olá! Como estás? Sonhei que havia recebido um e-mail seu e pensei que em verdade isso devia refletir uma necessidade minha de lhe escrever algo. Pensei e encontrei uma verdade que analisei e de fato preciso lhe contar. É necessário de minha parte dizer-te que sempre idealizei as amizades, bem como os homens perfeitos que se encaixavam em meus anseios pessoais de mulher ainda imatura. Não obstante a essa minha função narcísea de carecer que o mundo gire ao entorno do meu umbigo egóico, decepcionei-me contigo por culpa totalmente minha. Eu me autoprojetei em você, ou seja, tentei encontrar em sua pessoa o meu próprio animus. A exigência egóica de ser amado se desenvolve a partir de uma necessidade de satisfação narcísica e apenas hoje compreendo isso além da teoria. Hoje percebo que esse narcisismo esteve por trás de minhas personas, me fazendo dar preferência excelsa as minhas meras representações de ser o que eu não era. Sobretudo esse narcisismo esteve caminhando junto com minha baixa-estima, a qual carecia da admiração alheia sobre minhas personas, as quais por sua vez encobriam o meu Eu numa autonegativa devastadora. No caso da timidez esse mal sempre me fez troca o pavor da rejeição pela exclusão afetiva e social, mais fácil de ser tolerada segundo o meu psiquismo. Ainda sofro bastante com essa mistura de narcisismo, pessimismo e insegurança, mas vou aos poucos tentando me auto-superar.
Confesso que eu busquei em você um homem mais maduro (e nem posso conceber ou julgar sua maturidade), um homem afim dos mesmos gostos ou no mínimo compreensivo perante meus pontos de vista diferentes e até mesmo mais graduado. Sei que o homem perfeito para mim existe, mas unicamente dentro de mim enquanto animus de minha psique e personalidade. Venho aprendendo que não existem pessoas que se encaixam ao que desejamos e projetamos delas, e que toda coincidência nesse sentido é um lucro milagroso que recompensa nossa humildade de não desejar e nem projetar nada em ninguém. Desde cedo soube que as pessoas não são como gostaríamos que elas fossem, pois nunca consegui ser o que achava que meus pais esperavam de mim. Conseqüentemente, soube que tampouco eu era o que gostaria de ser. Sobretudo, entendi que era preciso aceitar e exercer generosidade e amor sobre essa insatisfação. Estou numa fase de transições interiores e me sinto no cume de uma mudança donde procuro valorizar e gostar de mim mesma e das pessoas aceitando essa realidade. A vida e os relacionamentos são construídos de acordo com a postura de cada indivíduo. Hoje eu busco a sua amizade sem expectativas, pois consigo não me abalar ao pensar que você nunca será o homem que eu gostaria que você fosse. Eu quero descobrir quem você é, maravilhar-me com as suas qualidades e respeitar seus defeitos, bem como as nossas diferenças. Quero a sua amizade não por você corresponder aos meus anseios, pois estes já não existem. Só há um motivo que me faz querer de volta a sua amizade: o fato de você desejar o mesmo. Se assim for, de minha parte iniciarei uma nova amizade contigo como se hoje, a partir desse exato momento, estivesse eu tendo a honra de te conhecer... Um grande beijo e até qualquer hora!”

A maior verdade da vida...

A maior verdade da vida...

Revelando-me ao mundo!

Revelando-me ao mundo!
O DESAFIO DE LIDAR COM A 'PERSONA'...