Pois depois de uma ponte ou outra...

O caminho continua rumo ao infinito!

A finalidade desse blog:

“Resolvi criar esse blog como um incentivo de força para ajudar-me a ser uma pessoa esplendida através da coragem de ser autêntica e espontânea, duas características que muito me cobro, duas qualidades que sempre me desafiaram a possuí-las e que dificilmente consigo ter na prática do dia-a-dia. Sempre preferi ficar calada para não entrar em conflitos ou não ter que ser falsa, pois nunca consegui impor respeito ao que penso e assumir minha individualidade expressando-a abertamente para defender o que sinto e sou em minha essência. Hoje sei que posso ser educada e humilde sendo verdadeira, exigindo respeito alheio, dizendo não corajosamente mesmo sabendo que vou desagradar o outro ou até provocar desavenças. Hoje eu percebo que é melhor enfrentar desavenças com alguém do que deixar esse alguém nos manipular, mandar e usar como se fossemos um objeto disposto a cumprir caprichos do egoísmo, da incompreensão, da intolerância, da inflexibilidade, da prepotência, da vaidade ou da falta de respeito alheia. Eu preciso ser Eu independente dos outros gostarem ou aprovarem o que sou. Eu preciso ser Eu sem fazer de conta que sou outra pessoa. Eu preciso viver o que sou sem agonia para tentar transparecer o que não sou. Preciso provar para mim mesma que posso arrancar esse vicio maldoso da minha personalidade medrosa. Estou cansada de fazer de conta e há anos as juras de ser verdadeira ficam apenas nas promessas de tentativas frustradas que nunca se efetuam. Dessa vez estou me propondo uma promessa diferente: todas as vezes que eu conseguir ser fiel ao que penso e sinto expondo o que sou sem constrangimento, medo ou culpa, recompensar-me-ei com uma escrita de parabéns postada nesse blog. A principio ele vai ficar meio vazio, mas esforçar-me-ei para postar muitos episódios de coragem nele. Eu sei que posso muito mais do que eu penso que posso. Eu sei que posso tudo o que eu quero e dessa vez não estou disposta a fracassos. Chega de viver de intenções, eu quero ser o que sou de verdade. Sei que sou esplêndida, mas ainda posso ser muito mais...” (22/01/2010)


domingo, 13 de março de 2011

Como estou no entremeio da Sulpiride com a Mistazapina...


Acho que nasci agoniada e isso é horrível, mas só nessa altura da vida que estou tomando conta da gravidade desse mal-estar em mim. Sinto como se o tempo fosse parar, acabar, não apenas o meu tempo, mas o tempo de modo geral. É uma sensação estranha como se tudo fosse acabar, como se o universo em si fosse ser interrompido repentinamente, de modo drástico. Será que isso é consequência de ter sofrido essa possibilidade abrupta (representada por um aborto espontâneo ou provocado) ainda no ventre materno? Minha mãe já contou-me que antes de ter minha irmã ela perdeu um bebê por alguma complicação biológica. Depois, quando estava grávida de mim sofreu a queda da escada e até meu nascimento seu desgaste tanto físico, por causa da fratura na coluna, quanto emocional, por causa das consequências que tudo poderia causar ao feto, foi enorme. Tudo isso me faz ter muita vontade chorar, me sinto sem espaço, talvez exatamente como fiquei quando minha mãe foi por várias vezes engessadas sem saber ainda que estava grávida. Como tudo isso é complicado para minha cabeça. Durante a vida toda milhares de vezes eu senti ser problemática, depois outras tantas vezes tentava me convencer de ser absolutamente normal. Não me sinto e nem me julgo normal no sentido de ser sociável, de ser serena por dentro (pois por fora aparento naturalmente ser uma pessoa serena e tranquila). Sempre tive necessidade de me convencer de uma normalidade inconvencível, existível em mim para sentir-me bem. Seria como um deficiente físico que diz a si mesmo que não ter um membro é normal para não se sentir o pior ou o mais prejudicado dos seres vivos. E falando em deficiente físico, acho que ter um transtorno de personalidade é bem pior, pois as pessoas não veem de cara e daí, até saberem, se é que chegam a saber, a pessoa com problema sofre inúmeras críticas, julgamentos e preconceitos de todos os tipos.
Acho que no fundo somente agora estou conseguindo começar a aceitar o fato de ter um transtorno de personalidade. Já estou próxima dos vinte e sete anos, mas minha vida se resume aos feitos de uma simples criança. Tudo bem que gosto da minha vida assim e gosto de mim exatamente do jeito como sou, mas isso não desfaz a verdade de que meu comportamento sofre um desvio, ou melhor dizendo, meu jeito de ser é deturpado da conduta normal de todos os jeitos de serem. Mas e daí com tudo isso? Eu só quero saber uma coisa: o médico está me enrolando ao dizer que tenho uma simples ansiedade. Como essa suposta ansiedade explica o fato de me sentir literalmente sendo molestada quando tento olhar nos olhos de qualquer outra pessoa? Acho que ele colocou o meu problema como simples apenas para criar uma empatia comigo e poder assim seguirmos com o tratamento medicamentoso. Confesso que esse tratamento tem me enchido de cólera, tanto por detestar tomar remédios quanto por detestar gastar dinheiro, seja com o próprio remédio quanto com o médico. Mas estou disposta a levar esse tratamento até o fim, pois se ele não conseguir me “curar”, vai ter que me aposentar (essa é a esperança da mamãe).
Eu tendo a ser negativista, mas não vou cometer a barbaridade de dizer que os remédios não possuem efeitos benéficos. Acho que estou diante de uma parede completamente branca. Tudo pode surgir nessa parede a qualquer instante: uma cura, um efeito colateral indesejável, um nada, ou até mesmo um agravo do próprio transtorno. E eu vou quebrar a cara para descobrir o desfecho disso tudo, só espero que não dure muito tempo. Não “engoli” a palavra rápida quando o médico explicou o tratamento temporário com remédios. Espero que o rápido dele não seja mais de seis meses, pois não sei se suporto tanto... Sinto-me sem lugar, como se estivesse fora do ambiente natural do costume, ou melhor, como se eu fosse inadaptável a qualquer ambiente. Acho que isso é um mal noventa por cento espiritual. Daí fico a me perguntar, como pode o médico achar que remédio vai mudar isso? Minha agonia (algo que ele chamou de ansiedade) já é constante e fica incabível em mim quando estou em locais com mais pessoas. Quanto maior a multidão, pior! Pois bem, amanhá eu desvendo mais alguma coisa do doutor!

quinta-feira, 10 de março de 2011

Vertentes internas...


São muitos os sonhos dessa noite, mas irei
relatar apenas os dois últimos. Os demais foram tão malucos que não consegui
dar-lhes muito crédito. Sonhei que andava junto de uma turma em uma construção
encantadora de dois andares. Posso descrevê-la como um castelo moderno de
madeira. Entretanto, lá dentro os cômodos se transformavam e isso soava como
armadilhas. Houve um momento em que o chão começou a rachar. Cada um pensava que
o certo era ir para uma determinada direção. Eu tentei sair do local, mas ele se
transformava a cada cômodo que entrava, de forma que encontrar e chegar na saída
parecia impossível. Foi até que, num desses cômodos, o chão simplesmente
desapareceu e caímos. Mas deu tudo certo, pois logo depois estávamos do lado de
fora do local mágico. Eu queria escrever num papel o nome daquela construção
famosa que levava o nome de seu construtor e de sua esposa, a qual ganhara o
local como um presente de amor. Não encontrei papel e, como os nomes eram bem
diferentes, talvez alemão ou russo, não consegui memorizar. A construção girava
sobre seu eixo e tudo soava tanto como perigoso quanto como interessante. Deve
ser essa a minha percepção das coisas da vida. Estarei em fase de mudança do
tipo o que já era, em qualquer outro minuto, já pode não o ser?
Depois disso
estava num local meio deserto. Havia um ônibus que tinha sido totalmente
destruído por dois ou três garotos vândalos. Também havia um policial no local,
mas ele parecia não se importar com a cena, ou melhor, se portava como se fosse
uma vítima. Um dos garotos estava tirando combustível do próprio ônibus a fim de
queimá-lo com o motorista do mesmo lá dentro. O outro segurava uma faca e
mandou-me correr se quisesse sair viva dali. Foi então que compadeci-me daquele
menino ainda tão novo praticando aquele tipo de atrocidade. Embora estivesse com
bastante medo, chamei-o para ir embora dali comigo. Disse que não poderia ser
sua mãe, mas prometia dar-lhe meu carinho, a única coisa que possuía naquele
momento.
Ele aceitou, largou a faca e começamos a correr pela
estrava de chão. Começou a chover muito forte. Houve um momento em que eu estava
ficando para trás, mas ele segurando em minha mão me ajudava a seguir adiante.
Vale ressaltar que, nesse momento, eu corria virada para trás, ou seja, de
fasto, enquanto ele corria normalmente. Eu parecia ter dificuldade de virar-me e
correr olhando para frente, ou melhor, eu não queria enxergar adiante. Foi
preciso o garoto dizer-me várias coisas, que agora não recordo, para eu
finalmente tomar a posição correta (ou no mínimo mais indicada).

Depois foi ele quem fraquejou e, sem saber
de onde tirei forças, peguei-o no colo e continuei a corrida. Chegamos numa
avenida asfaltada. Eu já não sentia mais as pernas, era como se deslizasse
rapidamente sobre o chão. Ultrapassamos os carros, passamos por um acidente que
causara grande congestionamento, deixamos para trás inúmeros touros e búfalos
enormes que também corriam bastante. Não sei o que tanta fuga pode significar,
mas percebo a importância dessa reconciliação ou entendimento interior entre meu
ser adulto e uma parte de mim ainda infantil e bastante revoltada, indefesa,
solitária e rebelde. É como se a força negativa pudesse se transformar em
impulso benévolo para seguir adiante e ultrapassar qualquer desafio. É essa
proposta de amizade e carinho que devo ter perante minha índole destrutiva, a
qual por vezes surge em mim querendo botar fogo no mundo todo para acabar com
tudo, principalmente com a própria raiva e ódio que arde em labaredas por
dentro. Vejo meu animus ainda passivo, em posição de vítima fragilizada.
Ao mesmo tempo, me vejo como alguém que provavelmente possui uma maneira equivocada ou difícil de viver por não conseguir desvencilhar do passado. Portanto, esses dois sonhos mostram-me 1. confusão; 2. mistura de medo (perigo) com coragem (encantamento); 3. solidariedade versus rebeldia; 4. passividade versus enfrentamento; e 5. superação do passado. Ainda tenho muito que melhorar, mas ao menos creio estar no caminho.

domingo, 6 de março de 2011

Sonhos de integração social...


Creio que não consigo racionalmente desvendar minhas
lembranças oníricas. Dentre a vastidão de sonhos, lembro de voar deslizando
rapidamente no ar. Depois eu estava numa fila e todos permaneciam vestidos de
roupa branca
quando alguém me emprestou
uma e eu me troquei também. Eu brincava comentando em espanhol que sentia falta
de enfeites coloridos. Ao entrar numa espécie de boate, fui chamada por um rapaz
para dançar e o fiz. Ao sair de lá tomei um trem junto da turma com a qual
estava. Num certo momento o veículo em si desapareceu e, seguindo na frente,
junto com todos os d
emais que me acompanhavam,
continuamos sobre o trilho deslisando. Ao chegar no final da linha, deparamos
com um grupo de pessoas que faziam um bolo de fubá com erva-doce para vender na
rua. Além disso observei um catador de papelão que estava bastante nervoso e
deixara metade das caixas para trás. Nisso entrei no carro de um homem com o
qual eu estava me relacionando e ele foi passar na casa de sua ex-mulher. Eu
quis conhecê-la. Ela segurava um bebê (seu neto) no colo. Disse-lhe que tudo
nessa vida passa, o maridos, os filhos e até os netos. A única coisa que não
podia passar seria a felicidade e assim, desejei-lhe que ficasse bem. Mesmo que
ela me visse como uma rival, eu não me importava. Depois disso continuei
sonhando, mas as lembranças são mínimas. No geral os sonhos me mostram
integração social (ou uma busca compensatória disso).

sexta-feira, 4 de março de 2011

Analisando meus medicamentos...

A Mirtazapina aumenta a quantidade de serotonina e noradrenalina entre os neurônios. A serotonina é uma substância sedativa e calmante. É também conhecida como a substância “mágica” que melhora o humor de um modo geral, principalmente em pessoas com depressão. A serotonina é também um neurotransmissor, controlado no hipotálamo interferindo em várias funções orgânicas (apetite, sono, função sexual, humor, sensibilidade e etc.) Já, a dopamina e a noradrenalina proporcionam energia e disposição. A serotonina, noradrenalina e dopamina, estão muito associados ao estado afetivo das pessoas e à auto-estima. Já a Sulpiride é inibidora da recaptação de noradrenalina e serotonina.

O que essas substâncias provocarão em mim?

quinta-feira, 3 de março de 2011

Pequena explicação complementar da postagem anterior...

Quero esclarecer minha crença: independentemente da natureza da vivência
experimentada (seja ela apenas um sonho ou uma recuperação de memória
passada), as emoções, os sentimentos, os pensamentos e as sensações são, creio
eu, sempre
autênticos, genuínos e verdadeiros. Existe uma função psíquica
desconhecida já
que o inconsciente é a parte da individualidade (hemisfério
direito/mente) não
incorporada à personalidade (hemisfério esquerdo/alma).
Conforme evoluímos, vai
diminuindo até inexistir qualquer diferença entre a
individualidade e a
personalidade, pois esta ultima não tolhe a energia
expressiva da primeira.
Portanto, seja sonho ou mais que isso, o importante
é auto-conhecer-me
psíquico-inconscientemente a ponto de transpor as
barreiras da personalidade
para integrar-me a individualidade.

Sonho tipo regressão de memória...


Acordei antes do dia clarear para aproveitar o corpo relaxado a fim de fazer umas duas horas de renascimento. Enquanto respirava tive vários sonhos (ou seriam lembranças de uma regressão de memória?). Neles eu era eu, mas ao mesmo tempo parecia ser outra pessoa. Não lembro da ordem certa, mas vamos lá: eu estava com um rapaz e seu pai que o havia ensinado a fazer um suco para conquistar uma moça. Eu observava seu jeito desajeitado (ainda estabanado) ensaiando de colocar o suco no copo (por vezes o morango de enfeite do suco caía fora do copo) e oferecer para a dama. Perguntei se poderia provar e ele me deu o copo com o suco. Então retirei de dentro dele o enfeite verde que imitava as folhas: eram várias tiras de pano costuradas juntas no sentido horizontal. Comentei que aquilo estava muito bem feito. O pai dele ao ver perguntou se ele houvera mexido na máquina de sua mãe para costurar aquilo. Ele confessou que sim.
Enquanto o pai permanecia calado sem saber o que pensar daquilo, antes que houvesse qualquer tipo de repreensão paterna, comentei em tom desafiante: “o seu filho é muito criativo, confessa isso”. Ele repetiu e senti estar sendo sincero por causa do sorriso que esboçou: “meu filho é muito criativo, confesso isso”. Então continuei: “o suco pode não ser dos melhores (estava meio aguado), mas a intenção romântica revela um grande homem!” Senti que gostava muito dele, mas nisso vi que a moça aguardada por ambos estava chegando. Com sua chegada eu fiquei um tanto sem graça e melancólica retirei-me.

Noutra lembrança eu levantei e caminhando em direção a um homem alto que segurava um maço de cigarros o abracei (ele era fumante, mas nunca o fazia na minha presença e, de tal modo, nos dávamos bem). Ele era bem mais alto que eu e nosso abraço foi muito forte. Suspirei seu perfume que me encheu de bem-estar. Eu havia feito uma viagem e tinha me envolvido com outro homem, e ele sabia disso. Disse que precisava muito conversar com ele. Perguntei se ele ainda me amava e ele respondeu que sim. Perguntei se ele continuaria me amando se acaso eu o deixasse para ficar com outro homem e ele respondeu que nunca deixaria de me amar e, muito compreensivo, disse que entenderia a situação uma vez que desejava sobretudo a minha felicidade. Eu tinha vontade de chorar, pois realmente me sentia dividida e muito cheia de amor. Aquela imensa compreensão era a expressão de um amor puro do qual eu sentiria muito pesar de abandonar.
Nisso a imagem foi se desfazendo e logo depois eu estava num hospital. Eu ainda era bem jovem. Sentia muito sono quando minha irmã (dentro do sonho ela parecia ser apenas uma empregada do hospital) veio trazer-me uma roupa hospitalar de frio parecida com um avental que se vestia na parte da frente e não tinha costas. Havia um senhor de idade deitado comigo até então, mas como minha irmã deu ordem para ele sair, assim ele o fez. Não sei quem era ele e o que exatamente fazia ali. Parecia velar por mim, mas sua presença ciumenta me incomodava. Me colocaram deitada numa ambulância e mesmo com um imenso sono, eu relutava em permanecer acordada para ver pela janela do veículo a paisagem tão linda do lado de fora. As construções de arquitetura um tanto colonial, a copa das árvores e o céu azul pareciam me revigorar. Eu sabia estar na frança e lembrei da viagem de navio que fizera para lá chegar a fim de me tratar. Não sei qual mal de saúde eu tinha, mas de maneira geral eu me sentia bem. Por certo deveria estar em fase de recuperação. Naquele momento me transportavam para a sede hospitalar donde eu faria alguns exames.
Por fim eu estava num grande salão cheio de pessoas e indo de mesa em mesa cumprimentava cada uma delas abraçando-as. Algumas retribuíam meu jeito afetivo com espontaneidade (me abraçando sem se levantar), mas outras nem se importavam em responder meu cumprimento. Ainda assim, embora levemente sem jeito, eu mantinha-me carinhosa para com todos. Eu era uma qualquer cheia de amor e carinho para distribuir. Em alguns sonhos eu tenho a sensação de que, ao ter abertura e sentir-me aceita, tenho uma atitude mais pró-ativa. Provavelmente está ocorrendo em mim essa auto-aceitação e auto-abertura para atuar e agir perante a vida. Entretanto, essa ultima parte sonhada me mostra que mesmo diante do desprezo alheio eu consegui ter um comportamento pleno de entrega ao não sentir-me afetada ou melindrada.
Seriam essas pessoas as partes internas de mim mesma que me aceitam ou me desprezam? Seria eu a representação correspondente de minha vontade interior, ou seja, uma possível projeção do meu eu idealizado? Mas e a parte anterior de estar doente? Que eu saiba não idealizo nenhum estado de doença. O que tudo isso tem a ver com o contexto da minha vida presente? Se estou presa atualmente em mim mesma por alguma defesa diante da sensação de perigo (ligado aos relacionamentos sociais), sinto que também estou transpondo isso, passando para uma fase de maior sabedoria e amadurecimento, mesmo ainda conservando uma personalidade de resguardo (reserva e introversão). Será que vou conseguir uma expansão afetiva? Creio que preciso de um tempo maior de reflexão e, não obstante, mais sonhos (ou visões regressivas).

quarta-feira, 2 de março de 2011

Sonho com meu querido animus...

Essa noite tive mais um sonho lúcido e por sinal foi maravilhoso. Eu estava num apartamento que era da minha irmã e minha mãe estava lá também. O fato de mamãe estar junto foi o ponto de consciência, pois nesse momento de sua vida real, ela não tem mais pique para fazer viagens longas, portanto, aquilo só poderia ser um sonho. Diante da lucidez eu tinha a liberdade de fazer tudo o que pudesse. Olhei pela janela, eu poderia pular por ela e sair voando. Será que voaria mesmo? Não aprovei muito a ideia. O apartamento era amplo e haviam uns cômodos misteriosos que estavam fechados por serem estritamente particulares. Mas como minha irmã não estava ali e aquilo era apenas um sonho, o meu sonho que eu conscientemente comandava conforme minha vontade, é claro que eu podia entrar sim e fazer tudo o que quisesse. Os cômodos fechados eram um closet e um super quarto bastante chique. Olhei as roupas da minha irmã, percorri os olhos pelos vestidos longos, as camisas bordadas, as calças de grife, os boleros de renda importados e pensei que poderia vestir tudo para experimentar, mas não era nada disso o que eu queria. Sabia que precisava ser rápida, afinal de contas, um sonho lúcido não dura a noite toda. Entretanto, tive de controlar ao máximo minha ansiedade, pois a mesma poderia dar fim a minha tão maravilhosa lucidez. Nisso um gato filhote veio esfregar-se aos meus pés bastante dengoso. Imediatamente lembrei do sonho com gatos de outrora e a interpretação de soutar a minha personalidade felina. Não tive duvidas do que eu queria: amor.
Desci para a área de lazer. Na frente do apartamento tinha uma área grande com piscinas e adiante o mar, de modo que uma escadaria da área de lazer ia parar diretamente na praia e as ondas vinham e terminavam de quebrar exatamente na escada. Procurei por um homem. Pensei que poderia me entregar ao primeiro que aparecesse, pois em um sonho tudo me era permitido. Haviam vários turistas, alguns senhores de idade e alguns homens barrigudos que já de vista não me agradaram. Ao ver um jovem parei-o, mas ao perceber que ele estava indo na direção de uma jovem que por certo seria sua namorada, disse-lhe que poderia deixar, que não era nada. Comecei a ficar desesperada, de que adiantaria estar no controle lúcido do sonho se não houvesse alguém do meu agrado para saciar minha sede de amor e desejo? Comecei a descer a escadaria em direção ao mar donde vários surfistas se divertiam. Parado num dos cantos estava um jovem de bela aparência que me chamou a atenção.
Perguntei se ele estava ali a trabalho, pois pela roupa me pareceu ser algum empregado do local e, se fosse, não queria dar-lhe problemas. Ele sem responder perguntou o porquê. Pensei em responder que queria conhecê-lo melhor, mas fiquei calada um tanto atônita. Ele sorriu como se estivesse ali exatamente me esperando e acariciou meu rosto. Num impulso não tive dúvida: era ele. Abracei-o como se ele fosse a pessoa mais especial do mundo e senti-o fazendo o mesmo comigo. Começamos a dançar juntos dentro do mar ao ritmo da música alegre que tocava na área de lazer. Eu me sentia segura, amada, a mais feliz das criaturas. Nesse momento eu pensei que não poderia ser egoísta visando unicamente o plano inicial de desfrutar um momento amoroso e desejei dizer-lhe abertamente o porquê daquela aproximação tão rápida e inesperada. Queria explicar-lhe que estava ali para esquecer a dor do meu passado afetivo mergulhado em baixa-estima, bem como todos os relacionamentos frustrados. Então eu perguntei: “você quer mesmo saber por que estou aqui com você?” Ele me respondeu com um beijo e não foi um beijo comum, mas um super beijo orgástico. A sensação de prazer foi tão imensa que o sonho desfez-se e acordei. Não tenho palavras para descrever o quanto esse sonho me fez bem. Ninguém melhor do que meu animus para ser o homem, o companheiro de sexo oposto da minha existência!

Três sonhos: fezes, suor azul e impressora de dois mil dólares

Tenho três sonhos em mente e
não sei a ordem
certa, mas vou escrevê-los sem me importar com isso. Primeiro eu
estava
voltando de uma festa com uma jovem. Ela tinha os olhos azuis escuros e
usava um batom super vermelho na boca. Ao chegarmos no apartamento dela
disse
que ainda era cedo e que gostaria de ficar mais junto dela. Então ela
me deu um
beijo de selinho na boca. Olhei-lhe fundo nos olhos e disse que
não estava me
referindo a isso (envolvimento sexual), mas unicamente a estar
junto e nisso
abracei-a. Compreendendo meu desejo ela convidou-me para
entrar e fomos para a
varanda donde havia uma vista muito bonita (mas não
lembro bem da vista, pois o
meu foco estava nela e não no exterior).
Enquanto nos mantínhamos na companhia
uma da outra ela beijou-me no canto da
boca. Diante disso dei-lhe um verdadeiro
beijo de língua e ela pareceu
encantada, confessou que estava surpreendida com
tal beijo. Era visível que
ela queria mais, porém eu fiz um charme e disse que
estava ficando tarde e
precisava ir embora. Nisso adentramos novamente para seu
apartamento e daí o
local pareceu-me um quarto de hospital. Notei que ela,
vestida com uma
túnica branca hospitalar, suava azul. Perguntei se ela já vira
suor azul.
Como sua resposta foi não, revelei que isso lhe estava acontecendo
naquele
instante. Enquanto ela espantada pensava no fato, apareceu uma
enfermeira
acompanhada da médica responsável pelo setor. Ela deitou-se na cama e
eu
perguntei a médica se aquilo era normal. Uma vez que era algo muito estranho
e sem explicações, sugeri que deveria ser um sinal. Ela ficou com medo e
acalmei-lhe dizendo que poderia ser um sinal positivo (pensar o contrário
era
derrotista). Estava visível que havia um clima bastante romântico entre
nós
quando despedindo beijei-lhe a mão e soutei-a aos poucos enquanto dizia
para ela
se cuidar e ficar com Deus. Eu sabia que ela desejava minha
permanência, mas eu
realmente tinha de ir para não descumprir com o horário
de visitas do local.
Em segundo eu estava defecando dentro de um pinico
quando minha irmã veio
com seu pinico e perguntou por que eu não a houvera
esperado. Comentei o fato de
não saber que ela queria que eu a esperasse.
Assim ela colocou seu pinico no
chão e junto comigo começou a defecar
também. Estranhíssimo isso, não? Estávamos
na varanda de um local que dava
de frente para o mar. De repente minha irmã
simplesmente terminou seu
“serviço” e adentrou nas ondas (creio que ambas
estávamos nuas).
Imediatamente fiz o mesmo. O mar por vezes era calmo, quase sem
movimento e,
depois, surgiam umas ondas gigantescas. Foi numa destas que,
enquanto eu me
dava super bem, vi minha irmã sendo auxiliada por meu cunhado
depois de
quase afogar-se já próximo da areia para onde fora arrastada. Meu
cunhado
segurava um lanche e minha irmã saiu da água para alimentar-se. Resolvi
sair
também e o sonho ficou nisso. Por ultimo, em terceiro, eu estava num local
fazendo um trabalho escrito e desenhado. Enquanto isso havia um jovem
fazendo o
mesmo através de uma mini impressora (parecia um notebook) que
estava fazendo
três coisas ao mesmo tempo: tirando cópias, imprimindo fotos
e imprimindo
páginas escritas e desenhadas. Fui ver a mesma, um aparelho de
ultimo lançamento
que atraía a atenção de todos. Nisso ele me mostrou o
panfleto da loja donde
comprara a mesma por dois mil dólares. Então comentei
que a impressora era super
maravilhosa, mas diferente dele, aquele preço eu
não pagaria de jeito algum. Uma
jovem que estava do meu lado concordou que o
aparelho era muito caro. Assim
finalizaram minhas lembranças dessa noite.

Passemos para uma possível
interpretação geral. Creio que existe resolução
de conflitos e superação, mas
isso ainda não está solidificado. Também
existem sentimentos de alegria e
confiança misturados a uma cota de carência
(sol e nuvens). Há vontade de ser
maior que as tristezas, as perdas, o
passado desgostoso de frustração e
desilusão. Diante dos sentimentos
negativos tenho de lidar com meu inconsciente
de uma maneira franca, aberta,
corajosa e sincera para compreender, construir e
conseguir satisfazer minhas
próprias expectativas (cinco de copas e rainha de
paus). Possivelmente vai
haver uma ruptura com o passado através de um fato
brusco (para não dizer
fatídico) de um grande gasto financeiro (além do que
pretendo gastar), mas
será algo que me trará um bom retorno no futuro. Meu
esforço e investimento
tanto financeiro quanto em outros sentidos será bem
recompensado (a torre e
peixes).

terça-feira, 1 de março de 2011

Sonho do humor felino...


Eu estava saindo de uma casa quando um gato que identifiquei como sendo meu quis sair também. Então eu destranquei a porta que eu já havia trancado e abrindo-a deixei ele sair. Do lado de fora havia outro gato que identifiquei como sendo da rua e eu acariciei-o. A priori pensei que meu gato fosse ficar enciumado e até me arranhar quando chegasse perto dele com cheiro de outro gato, mas não, pois ele se portou como se fosse amigo desse gato de rua. Nitidamente vejo o sonho me mostrando que preciso ou estou em processo psíquico de colocar minha personalidade de gata para fora e de modo a ser amiga dos demais “gatos” da rua.
Vejamos a personalidade dos gatos. Primeiro é preciso conquistar a confiança de um gato. Depois, é preciso aprender a respeitá-lo. Ele vai demonstrar afeto quando realmente estiver disposto, não a hora que alguém manda. Gatos emanam amor. Do ponto de vista energético, dizem que pessoas que têm alergia a gatos são pessoas que têm dificuldade de deixar o amor entrar em suas vidas. O gato é um animal magnético e misterioso, que muitas vezes assusta por conseguir enxergar através da alma. Elegante e altivo, o gato tem o dom da invisibilidade, mas também sabe chamar atenção para si. Desperta reações fortes nos outros, sejam elas positivas ou negativas. Gosta de brincar e é sedutor, sem perder a classe. Sabe desfrutar das coisas boas, possui uma languidez só sua, é charmoso, estratégico, curioso e atento. Enxerga bem no escuro e tem flexibilidade. Esgueira-se macio, gosta de conforto, entrega-se todo a uma preguiça gostosa, mas no momento seguinte já está pronto para a caça. Nunca perde a pose, tem seu orgulho. É desconfiado, escolhe muito bem a quem entregar seu afeto, mas quando o faz é de forma incondicional. Ama sem se submeter, sem obedecer, sem deixar de ser. Com seu jeito manso, observador, atento a tudo e a todos, ao visível e ao invisível, os felinos nos ensinam como ficar na espreita para perceber tudo o que estiver envolvido na questão, antes de tomarmos qualquer decisão.
Voltando para o sonho, num segundo momento eu estava numa espécie de escola e alguém chegando por trás me deu um susto usando a palavra bíblia. Eu estava com um pingente diferente que era uma mini bíblia que eu houvera achado em algum lugar. Com extremo senso de humor comecei a brincar. Disse que todo aquele susto era estresse e tensão nervosa. Alguns riram. Depois disse que daquele jeito eu ia ter que tirar o colar. Mais risada. Continuei falando e a cada fala eu conseguia mais gargalhadas, algo que me divertia muito. Alguém comentou: “Carla, hoje você está demais!” Agora me resta decifrar o que tal sonho significa. Vejamos: perante um susto eu poderia ficar inibida, mas não, eu usufruí da situação de maneria positiva e consegui angariar a atenção de todos me tornando o centro da diversão. Isso é uma grande reviravolta. Então a resposta segredo para enfrentar meus defeitos inibidores seria não só expô-los, mas fazer deles motivo de comédia, de bom humor, de brincadeira, de diversão social. Realmente isso me parece o máximo! Agora só me resta tentar colocar em prática meu espírito humorístico.

A maior verdade da vida...

A maior verdade da vida...

Revelando-me ao mundo!

Revelando-me ao mundo!
O DESAFIO DE LIDAR COM A 'PERSONA'...