Por volta de umas sete horas da noite “Alra” não segurou e colocou para fora todos os sentimentos estranhos que vinham lhe dominando, em verdade, desde o início do dia anterior (ou até mesmo acumulado de bem antes). Milhares de sensações negativas e contraditórias pulsavam em sua mente. Ela sentia-se profundamente insignificante e muito cansada em todos os aspectos. Em momentos de crise emocional ela podia jurar para si mesma o seu desejo imenso de deixar de existir e não fazer parte mais da criação divina. Claro que junto a isso vinha a enorme culpa pelos próprios desejos e sentimentos despropositados e fora de qualquer lógica. Mas como encontrar razão para aquilo que vai no coração? Depois de chorar por mais de duas horas sem parar e sem conseguir se alimentar, “Alra” tentou dormir e foi com custo que conseguiu. Embora não tenha tido um sono pesado, dormiu as doze horas seguintes e acordou com os olhos super inchados e ainda com uma sensação prevalecente de grande dor emocional. “Ameth” houvera lhe aconselhado a desfocar os pensamentos de si mesma mediante situações das quais se sentisse constrangida. Ela precisava quebrar o vínculo com a sensação angustiante provinda de seu auto-preconceito. “Alra” via com maus olhos a sua postura, mas não estava disposta a mudar seu jeito de ser, pelo contrário, ela queria apenas aceitar-se plenamente para ter paz consigo mesma sem ter que tentar disfarçar para seu próprio Eu os sentimentos conturbadores que reinavam em si. Mudar a visão que tinha de sua postura seria sair de um extremo e cair em outro, ou seja, praticamente impossível. O jeito, portanto, era tirar o pensamento da excessiva análise pessoal, ou seja, da própria postura mediante o meio social e o mundo externo dos relacionamentos humanos. Isso seria um trabalho diário e árduo, mas sumamente importante para seu bem-estar natural.
Há 3 anos
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