Há 3 anos
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Me auto-enfrentando...
Olá para todos! Hoje meu dia de trabalho foi tranquilo e isso é ótimo! Geralmente o começo da semana tão tumultuado sempre contrasta com as quintas e sextas-feiras que são mais amenas. Dias atrás eu estava lendo um livro lá dentro quando entrou um mulher do setor do serviço social para fazer algumas ligações junto de um enfermeiro (ou médico, não sei ao certo). Nisso tanto ela quanto ele comentaram sobre o livro, mas eu não dei importância ao fato. Depois disso minha mãe encheu minha cabeça de receios e disse que não era para eu deixar ninguém me ver lendo por lá, pois poderiam pensar que estou deixando o serviço de lado para ler. Daí eu fiquei insegura e andei lendo cheia de tensão: a qualquer barulho eu colocava o livro logo debaixo da mesa e duas pessoas me viram escondendo 'algo'. Um delas fez um comentário perguntando o que eu estava comendo, mas sem graça eu ri e desconversei como se nada houvesse acontecido. Claro que isso gera em mim um desconforto insuportável, pois eu sei do meu trabalho e jamais deixaria de executá-lo para ler, mas também não quero ficar completamente atoa nos momentos em que o telefone está quieto e não tenho nenhuma ligação para fazer. A atendente do turno da manhã também lê nos momentos mais calmos e várias vezes já cheguei e sem nenhum problema encontrei-a lendo. Obviamente que ter chance de ler é difícil dentro daquela salinha, mas por vezes quase milagrosamente acontece. Depois do pânico de 'mascarar' minha leitura, percebi que estava agindo feito idiota, pois se a mesma não vai atrapalhar nem diminuir a qualidade do meu serviço prestado, não há razão de levar adiante a insegurança provinda de minha mãe. Hoje mesmo eu mudei de postura e já estou lendo com o livro sobre a mesa. Tenho a consciência tranquila de que estou cumprindo com a execução profissional que me é devida e não preciso ficar com medo de aproveitar ainda mais o tempo com uma leitura de vez em quando. Se isso me for prejudicial, ao menos eu sentirei-me vitoriosa por ter sido fiel ao que sou, por não ter ficado tensa fazendo papel de tola tendo a cada barulho que esconder o livro debaixo da mesa...
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