Inicialmente quero relatar que existem três situações dentro do Uai que estão me desagradando, mas nada sério. A primeira delas é uma copeira que me olha da cabeça aos pés e volta me olhando dos pés a cabeça. Dá vontade de voltar aos quatro anos de idade e colocar língua para ela, mas obviamente não posso fazer isso. Não estou nem aí para ela, mas me dá nos nervos o desdenho invejoso que noto nos olhos dela. Em segundo vem um dos seguranças que por uma brincadeira me chamou de Fernanda. Que ele tenha as justificativas dele para a brincadeira eu entendo, mas estender essa brincadeira ridícula por quase três meses fazendo questão de só me chamar de Fernanda na frente de todo mundo está se tornando insuportável. Vou ter de ser sincera com ele e pedir que pare com isso. Se duvidar vou fazer ele desconfiar na marra chamando-o de um nome qualquer que não o dele. Aí ao menos a brincadeira vai ficar de igual para igual. Em terceiro, há um sujeito que me olha de maneira fixa. Todas as vezes que o noto, percebo que ele já estava me olhando de maneira encarada. Parece que ele nem pisca quando me vê. Se não houvesse notado isso antes de ter tido catapora até poderia pensar se tratar do meu estado ainda com leves manchas na pele, mas creio que ele sempre me olhou dessa maneira: com o olhar perdido em mim. É muito, mas muito estranho. Nosso contato é mínimo e não gosto de me sentir analisada tão fixamente por olhos masculinos, parece que vão me engolir. Ele disfarça, mas não o suficiente. Eu noto que tem alguma coisa errada, só pode ser. O que é eu espero descobrir, só não sei como. É muito chato alguém ter um comportamento anormal comigo e eu não ter meios de saber o que vai na cabeça da outra pessoa, até porque, pode ser apenas o jeito dele. Vou ficar atenta para verificar se ele olha as outras pessoas de maneira fixa também.
Hoje a labuta foi no faturamento e não me canso de dizer que é o pior dia de trabalho da semana. Voltei a conversar com 'Ameth' sobre o assunto pendente de ontem. Defini três passos importantes: primeiro está em não reprimir os desejos ou necessidades para eles não se fortalecerem de modo inconsciente. Isso leva ao segundo passo: aceitar o desejo e a necessidade. Por fim vem o terceiro passo: definir com precisão o que me falta e me proporcionar isso, mesmo que de maneira indireta. Defini que me falta completude, afinidade, irmandade, amor desinteressado, intimidade e respeito. Tudo isso engloba o sentimento de amizade espiritualizada que preciso e almejo. Agora resta-me saber como me proporcionar essa auto-amizade. 'Ameth' disse que, quando eu conseguir me auto-suprir, não terei necessidade de buscar esse suprimento fora e, por mais que o mundo e as pessoas me ofereçam amizade externa, não serei escrava de nenhum sentimento de afeto vindo de fora, ou seja, não sentirei nenhum resquício de carência afetiva. Ademais, conseguirei expressar e sentir amizade de maneira mais natural. Continuarei meditativa a respeito desse assunto misterioso. De resto “Dayse” trocou a frase do Orkut e MSN por: “Só mesmo o tempo; Pode revelar o lado oculto das paixões; O que se foi; E o que não passará; Inesquecíveis sensações; Que sempre vão ficar; Pra nos fazer lembrar; Dos sonhos, beijos; Tantos momentos bons...”
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